15/09/16

António Henriques e a História de Cacilhas (2)


O Milagre de Nossa Senhora do Bom Sucesso

O terramoto do dia 1 de Novembro de 1755 provocou um tal movimento nas águas do mar, que estas, invadindo em turbilhão o rio, inundaram as zonas ribeirinhas do Tejo. Em Cacilhas, a água do rio precipitou-se pelas ruas da povoação e o povo viveu horas amargas de terror e aflição.

Nessa angústia, um homem, levado pela sua fé na Virgem, pegou na pequena imagem de Nª. Sra. da capela do Bom Sucesso e, com ela, foi ao encontro das águas. Estas, conforme a Imagem se foi aproximando, recuaram, até que se precipitaram todas no rio. O povo, liberto do terror das águas viu nisso o grande milagre de Nª. Sra. do Bom Sucesso.

A partir daí, todos os anos, no dia 1 de Novembro, o povo de Cacilhas, agradecido pelo favor da Virgem, sai, em procissão, com a imagem de Nª. Senhora, percorrendo as ruas, parte das quais foram um dia, inundadas pelas águas. Levam a Senhora ao Rio e entram com ela no cais dos barcos cacilheiros. Aí, no cais, colocam a Senhora, por uns momentos, voltada para as águas do rio, como se ela, nesse momento, ordenasse ao Tejo, que não deixasse que as suas águas voltassem a subir à povoação de Cacilhas, como aconteceu em 1755.

01/09/16

António Henriques e a História de Cacilhas (1)


A Tradição

Segundo a tradição, havia em Cacilhas, duas capelas. Uma, pequena, de Nossa. Senhora. do Bom Sucesso, construída no Beco do Bom Sucesso e onde se encontrava a imagem da Virgem (ainda hoje existente nos anexos da igreja actual) feita em terracota e no estilo barroco, com 22 cm. de altura.

Outra capela, que alguns dizem ser chamada de Santa Luzia, edificada no lugar onde hoje está a igreja de Nª. Sra. do Bom Sucesso.

O terramoto de 1755 destruiu a pequena capela da Senhora existente no Beco do Bom Sucesso e arruinou a de Santa Luzia.

Depois do terramoto, a capela chamada de Santa Luzia foi reconstruída e a partir daí, dedicada a Nª. Sra. do Bom Sucesso, colocando-se no altar mor a imagem da Virgem, não a da capela pequena, agora destruída, mas uma maior.