É por isso que republico por aqui, o texto que escrevi no meu "Largo", sobre o 25 de Novembro de 1975.
Há três factores, decisivos, para que só existissem três mortes, e de militares, nesta operação.
Aquilo que nos nossos dias, ainda pode ser entendido como um "acto de cobardia", também pode, e deve, ser olhado numa outra perspectiva, completamente oposta.
Foi preciso ter muita coragem, para colocar os interesses do país acima de todos os outros (militares, partidários e pessoais). Refiro-me às "ausências" responsáveis de Otelo Saraiva de Carvalho, de Álvaro Cunhal e dos Fuzileiros (que não saíram da sua unidade, para "desempatar" a batalha entre Comandos e Paraquedistas...), decisivas que que este golpe militar fosse controlado por todos aqueles que defendiam a democracia.
Isto só foi possível, porque o Presidente da República era o general Costa Gomes, uma das pessoas mais ponderadas e inteligentes, do "Verão Quente". Foi ele que conseguiu que o Otelo, o Cunhal e os Fuzileiros, ficassem em casa...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
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