27/09/15

Exposição, "António Henriques, um Homem Incrível"


Estão desde já convidados para a inauguração da exposição, dia 1 de Outubro, às 17.30 horas.

22/09/15

Poemas com Dedicatória (3)


Para o António Henriques

Foi no reinado de Dona Maria Segunda.
E havendo já alguns antecedentes,
As filarmónicas começavam as suas natalidades.
Há uma imagem já profunda
De futuros compromissos atraentes,
Que iriam desaguar em Liberdades.

Em Almada, a primeira, a Cabralista,
Criada para servir a política,
Apareceu de uma forma inusitada:
Só tocava para a direita Cartista.
Era uma coisa tão monolítica
Que acabou seus desígnios à pedrada…

Dois anos mais tarde, em quarenta e oito,
Após umas lotarias tão desafortunadas
Entrou-se no “põe aí” como quotização.
Era um plano já muito afoito,
A modos de se fazer uma jangada
Que levasse a bom porto de salvação

E p’rá frente era o caminho
- Aqueles homens não eram gente de torcer –
Teriam de fomentar uma questão plausível
Que seria a construção do próprio ninho
Um ninho que desse mui trabalho e mui prazer
E que nunca fosse razão Incrível.

Se Incrível ficou na posteridade
Foi um desafio para o futuro,
Para outros que haveriam de surgir,
Pois só assim desfilaram, perante essa Sociedade
Anónimos que elaboraram trabalho muito duro
E deram grandes lições de fraternidade.

Mais tarde, surgiu o António Henriques,
Que removeu montanhas e descobriu papeis
Para escrever uma história gloriosa.
E, sozinho, sem criar despiques,
Mostrou que além de Henriques, pai dos reis,
Havia outro, o da Incrível tão ditosa.

Nasceu para isso o nosso amigo:
Para o amor, para o afã, p’ra sua Incrível,
Para estar bem junto a este povo tão esquecido,
Porque, qualquer dom nasceu consigo
Na demonstração de que tudo aquilo era crível
E que Portugal tinha ficado enriquecido.


                                     Fernando Barão

20/09/15

Poemas com Dedicatória (2)


António, Um Homem Incrível


António, olho para ti como a Alma Incrível
O Homem que fez com que tudo seja possível.

O músico da banda do brilho e glória
O dirigente da excelsa memória
A voz exaltante da nossa história.
O melhor exemplo desta paixão
Que nos enche e irradia o coração
E faz com que nunca digamos, não,
À nossa Incrível, casa de fraternidade
Farta em rostos que irradiam amizade
E onde sempre se respirou liberdade.

António estás sempre presente na Incrível
És o único que permanece insubstituível.
  

       Luís Milheiro

19/09/15

António Henriques: as Palavras dos Outros (4)


[...] Pensamos que uma colectividade quanto mais idosa for mais difícil é recompor a sua história. Tudo se vai perdendo no tempo, tudo se vai esfumando com o cair das folhas dos calendários. Assim a obra coleccionista do António Henriques terá ainda muito mais valor visto que se transplanta para além de um século.
Juntou largas centenas das mais variadas partículas que diziam respeito à mãe das instituições almadenses, que se foram catalogando por espécies, por épocas, e que hoje têm um valor que só atingem os originais históricos.

Assim, para além do que ainda há para verificar e coleccionar entregou na Incrível 16 volumes das mais diversificadas recordações que estão a ser publicada em 8 volumes dos quais já saíram 2. No ano de 1998, em que a Incrível completa século e meio de existência, sairá o último volume, ficando esta parte do seu grandioso esforço, concluído. Mas, a Incrível não irá ficar por aqui. Tudo que a família nos irá entregar, por seu desejo de sempre, fará com que a sua divulgação venha a aparecer transformada em museu que irá ter o seu nome. [...]

                                                                                                                                          António Barão Ramos

     (in "António Henriques, o Associativista e o Historiador de Almada e das suas Colectividades")

18/09/15

Poemas com Dedicatória (1)


Um Nome Imortal

António Henriques
É nome de história
Que perpetua a memória
Da nossa vida colectiva
É nome de dirigente
Empenhado e intransigente
Na sua filosofia associativa

António Henriques
É nome de paixão
Amor e dedicação
À sua eterna Colectividade
É nome de músico e artista
Historiador e publicista
Da cidadania e liberdade

António Henriques
É um nome inesquecível
Orgulho da sua Incrível
Exemplo que nos pertence
É um nome sempre actual
E uma figura imortal
Do Associativismo Almadense


                            Orlando Laranjeiro

15/09/15

António Henriques: as Palavras dos Outros (3)


«[...] Ainda hoje não consigo classificar o António Henriques, personagem impar da Incrível. De modos muito cordatos, um pouco reservado senão distante, uma escrita que me parecia barroca, louvando a Incrível e as belezas de Almada. A Vila foi elevada a cidade em 1973 no período sobre o qual estou a escrever. Sinceramente não lograva nos escritos do António Henriques as belezas que ele cantava. Almada velha tinha sido paulatinamente destruída, e quanto isso deveria ter doído ao António Henriques, e a parte nova não era para mim algo assim tão belo para ser louvado. Mas o amor que ele punha naquilo que escrevia, esse sim, comovia-me. Agora penso que o António Henriques via algo que eu não vislumbrava. Além da grandiosa vista sobre Lisboa, ele via o pulsar da cidade, via as gentes nas suas actividades, via a alma onde eu via a pele. [...]»


                                                                                        Fernando Pina


                         (in "António Henriques, O Associativista e o Historiador de Almada e das Suas Colectividades")

10/09/15

Exposição Cancelada


Estava prevista a inauguração da exposição, "António Henriques, A Paixão pela História e pela Incrível", no dia 19 de Setembro, no Espaço Doces da Mimi, organizada pela SCALA.

Infelizmente este lugar de Cultura encerrou no início de Julho e a SCALA não conseguiu arranjar um espaço alternativo para esta iniciativa.

A Comissão Organizadora das Comemorações agradece o apoio da SCALA e acredita que haverá mais oportunidades para se falar de António Henriques e se declamarem poemas da sua autoria e em sua homenagem.

(Esta capa não aparece aqui por acaso, nesta obra editada pela SCALA consta a biografia de António Henriques)

08/09/15

António Henriques Poeta


António Henriques também escreveu poesia, como o "Cântico ao 1º Centenário", escrito quando a S.F. Incrível Almadense comemorou os seus primeiros 100 anos de Vida. Poema que reproduzimos com a devida vénia:


Cântico ao 1º Centenário

“Incrível” idolatrada,
gloriosa e triunfante,
honras a vila de Almada
p’lo teu passado brilhante.
Co’as tradições liberais
luminosas de verdade,
nasceram teus ideais
ao clarão da liberdade!

 (coro)
Velhinha, mimosa flor,
de beleza sonhadora,
venha a nós o teu amor
na magia redentora
do Belo, do Verdadeiro
e do Bem, oh nossa amada!
Símbolo tão altaneiro
do alto nome de Almada!

(coro)
Bandeira cheia de glória,
vai p’ra ti esta oração:
«Que as estrelas da vitória
da Arte e da Instrução
te façam sempre intangível,
toda firmeza e vontade
p’ra que a nossa qu’rida “Incrível”
outros cem conte de idade!»

Recordar, recordar
O nobre dia lendário!
Aclamar, aclamar
Seu primeiro centenário!


 (António Henriques é o primeiro da direita na foto)